***22 anos de Magistério****

terça-feira, 31 de maio de 2011

Origem da Violência

"As origens da violência".
Um ensaio sobre a psicopatologia do Comportamento Agressivo.
                                 As primeiras origens.
                                   A Relação Pais/Filhos.
As raízes do comportamento agressivo começam na infância e estão alicerçadas na relação de afeto com as figuras maternas e paternas.
Para a menina a mãe é a "figura de molde" o pai o "modelo teórico".
Ela procura ser "como" ou o "oposto" da mãe e procura alguém "igual" ou o "oposto" do pai.
Para o menino o pai é a "figura de molde" a mãe o "modelo teórico.”
Ele procura ser "como" ou o "oposto" do pai e procura alguém "igual" ou o "oposto" da mãe.
Isto vai depender da relação afetiva entre pais e filhos.
O relacionamento afetivo entre pais e filhos é de extrema importância na formação da personalidade da criança. Ele pode criar marcas altamente positivas, como pode deixar registros negativos que influenciarão na formação do caráter.
_Vamos ver:
Pais ausentes.
A falta de relação afetivo/corporal entre pais e filhos é o primeiro passo para o estabelecimento de um comportamento agressivo.
Pais distantes que tem pouco ou nenhum contato afetuoso podem desenvolver em seus filhos uma relação de afastamento com a figura de "PODER" gerando em seus filhos uma relação AMOR/ÓDIO muito forte.
Esta relação AMOR/ÓDIO é um dos principais "FATORES" da agressividade.
O amor geralmente é dirigido a "OBJETOS", ou melhor, na "POSSE" material, e o "ÓDIO" a quem "TEM" (materialmente ou hierarquicamente).
 “TER” significa "PODER".
"SER" é secundário, pois "SOU" na medida em que "TENHO".
Quanto mais "TENHO" mais "EXISTO".
Acontece que na maioria dos casos estas crianças, por falhas em sua formação tem dificuldades em investir "DE SI" para "OBTER ou "ATINGIR" algum objetivo.
Assim podem partir para comportamentos "SOCIOPÁTICOS" na vida adolescente e/ou adulta.
É uma porta para o uso de "DROGAS" ( criar um mundo artificial), para os comportamentos de "TIRAR DOS OUTROS AQUILO QUE DESEJA" ( furtar, roubar,etc.), para a necessidade do "USO DE ARMAS" (sentir-se mais forte, mais poderoso, etc.).
"Tiro do mundo aquilo que me foi negado!
"Tudo que é contrário a meus interesses ou minha ideologia tem que ser lesado pois esta errado"!
"Tudo que é contra ou interfere em meus desejos eu destruo."
_O inverso:
Pais superprotetores.
Pais extremamente presentes que superprotegem e inibem a liberdade de expressão dos filhos podem gerar a "IDÉIA" de que eles são "INATINGÍVEIS", é o "CENTRO DO MUNDO". Este "EGOCENTRISMO" gera quase sempre um comportamento agressivo contra as figuras hierarquicamente superiores, pois é difícil seguir ou obedecer a regulamentos.
Eles "ME IMPEDEM OU DIFICULTAM" fazer "O QUE QUERO DA FORMA QUE QUERO, NA HORA QUE QUERO"!
"Tudo que é contrário a meus interesses ou minha ideologia tem que ser afastado, pois está errado"!
_Outra forma:
Pais agressivos.
Pais que usam o bater como "FORMA PEDAGÓGICA" ou que agridem para impor "RESPEITO", podem estar gerando uma repetição "AMPLIADA” deste comportamento nos filhos.
"Aquilo que quero consigo sempre, nem que for preciso usar da minha força, da agressividade, ou de qualquer outra forma que consiga me impor"! "Tudo que é contrário a meus interesses ou minha ideologia tem que ser destruído, pois está errado"!
O período de Socialização.
(os primeiros anos da vida escolar)
Estes 3 casos podem ser vistos no período de socialização muito claramente:
Crianças extremamente "COMPORTADAS" podem só estar acumulando "ÓDIO" por não conseguir vencer suas barreiras e se "EXPRESSAR".
Crianças extremamente "DESCOMPORTADAS" podem já estar expressando suas dificuldades de seguir ou obedecer "NORMAS".
Crianças com extrema "DIFICULDADE" em aprender ou se concentrar podem já estar expressando sua "REBELDIA".
Crianças que não conseguem "DIVIDIR OU COMPARTILHAR" brinquedos podem já estar expressando sua necessidade de "POSSE".
Crianças com "DIFICULDADES" ou "AGRESSIVAS" na participação de brincadeiras em grupo podem já estar expressando sua falta de aceitação às "NORMAS".
O pré-adolescente ou o adolescente.
Que procura "GRUPOS COM IDÉIAS" contrárias às normas,
procura para impor as suas.
Que procura "GANGS" com comportamento agressivo,
procura para se sentir mais forte.
Que procura "GRUPO QUE USA DROGAS",
procura porque não precisa dar nada de si nem é exigido em nada.
Que procura usar "ARMAS",
procura para ter "Poder".
Que usa o "CARRO" para correr e mostrar sua habilidade na velocidade,
o faz para estar "Além" das normas.
Que usa o carro como uma "EXPRESSÃO DE PODER", desrespeitando normas como:
"farol vermelho, faixa de pedestres, estacionamento irregular, não admitindo que ninguém o ultrapasse, querendo levar sempre vantagem".
Está mostrando claramente sua fragilidade emocional manifesta na agressividade e é um forte candidato a "Ser um adulto Agressivo".
Como evitar ou corrigir?
Procure ser mais afetuoso com seus filhos.
Não economize afeto nem contato corporal. A criança precisa ser "alimentada afetivamente" para depois ter afeto para dar.
Não use ameaças e/ou castigos corporais em excesso pois a criança pode se acostumar e achar que é uma forma correta de expressão.
Não dê "ARMAS DE BRINQUEDO" pois a criança pode "gostar do suposto poder" que a arma traz.
Não superproteja seus filhos.
Permita que eles experimentem e aprendam pelo próprio esforço (nem que eles falhem ou errem).
Falhar é bom para aprender a enfrentar desafios.
Não estimulem a relação de posse.
Incentivem a criança a dividir seus brinquedos na brincadeira.
Não isolem seus filhos.
Incentivem a participação de atividades de grupo pois facilitará na vida adulta o convívio social.
PERMITA-SE admitir estar errado, quando falhar na presença de seus filhos.
Eles precisam de "PAIS HUMANOS" e saber que "ERRAR É HUMANO".
Não se mostre ONIPOTENTE na presença dos filhos.
Eles precisam de pais ao alcance deles não de ídolos distantes!
Permita-se dizer "NÃO SEI" em vez de dizer "agora não tenho tempo ou não posso ou pergunte para...!
Com certeza eles ficarão mais felizes por ter um pai ao alcance de seu conhecimento, "um pai presente".
Não desrespeite "NORMAS" na presença de seus filhos, pois eles vão aprimorar os erros vistos nos pais.
No trânsito faça um esforço, siga as normas. (pelo menos na presença deles)
Assim ainda chegaremos a um trânsito mais educado e com menos acidentes.
Participe mais da vida de seus filhos.
Assim não correrá riscos de surpresas pois as expectativas deles serão de seu conhecimento e terão sua participação.
Autor - José Roberto Paiva
editado em 01.05.99

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Festa Junina



Trabalhando com Projetos


 

 

Por que trabalhar projetos?

Porque trabalhar com projetos, é trabalhar dentro de uma organização da ação educativa. Um planejamento, a partir de projetos, resulta em possibilidade de enfocar diferentes áreas do conhecimento e um trabalho tendo em vista a execução de tarefas reais, inseridas no cotidiano das crianças, não separando "brinquedo de trabalho".
Portanto, trabalhar com projetos implica ensinar de uma forma diferente, levando em consideração o modo como as crianças pensam e aprendem é a melhor maneira de possibilitar-lhes diversos tipos de interações e experiências.
Quando comecei a trabalhar com projetos, pude perceber que a Pedagogia de Projetos apresentava-se com uma concepção de posturas pedagógicas e não meramente como uma técnica de ensino mais atrativa para os alunos. Tem um princípio ativo de integrar, o mais possível, a escola da realidade e da vida do aluno


Um projeto se torna importante a partir do momento que a criança começa a vivenciá-lo. Como por exemplo, um projeto nascido com uma turma composta de 22 crianças na UMEI Pedacinho do Céu, a qual eu era a educadora infantil da turma do jardim I. Tudo começou após um breve diálogo no momento da rodinha, quando conversávamos sobre o meio ambiente, e comentávamos sobre os arredores da nossa escola. Fizemos um levantamento de toda a problemática que existia em torno dela. Interessante como cada criança entendia e se interessava sobre o assunto. E no desenvolver da conversa foram surgindo vários aspectos colocados pelos alunos de forma clara, como o lixo colocado ao lado da escola, o esgoto correndo no meio da rua, o lixo que o vizinho queimava e muitos outros problemas que foram colocados. Engraçado que depois falam que criança não percebe as coisas, mero engano, rs rs.
Então, senti a necessidade de começar um projeto que abrangesse todas as áreas interdisciplinares, a partir da nossa rodinha de conversa, despertando nos alunos a busca de maiores informações e conhecimentos.
Fizemos então, um levantamento com as crianças sobre o que gostaríamos de estar vendo, aprendendo e experimentando. Começamos a organizar o que faríamos para nos orientar. Procuramos informar os pais sobre o que pretendíamos estudar e então construímos um trabalho em conjunto com a família. Interessante que durante o projeto sobre o meio ambiente ao qual estávamos trabalhando, colocaram fogo no terreno da escola, pois envolta tinha muito mato e não sei porque encargo colocaram fogo no terreno sem a autorização da Diretora, faz saber que o local também pertencia a um outro setor da prefeitura. E foi aquela confusão e muita fumaça entrando dentro da escola, uma tremenda falta de responsabilidade, fiquei furiosa com aquela situação, mais nada pude fazer, pois o fogo já tinha queimado grande parte da área. O tocante foi perceber a decepção dos pequenos ao deparar com algumas árvores queimadas, eles ficaram perplexos! Tia, será que as árvores agora vão morrer? Gente, não é mole não, então fizemos um trabalho todo em prol de salvar a natureza em torno da qual nós estávamos vivendo, e ai foi fácil desenrolar o projeto. E o mais legal foi perceber que a partir daqueles fatos vivenciados, os alunos se tornaram mais críticos e participativos, e se interessavam mais sobre a preservação do meio ambiente.

Trabalho de artes feito pelos alunos







segunda-feira, 16 de maio de 2011

Presentinho da Lady Mel Layouts



Parabén amiga, seu blog é um capricho!!!
Beijos



domingo, 15 de maio de 2011

Bullying

O bullying sempre existiu


* Tom Coelho

http://web2.catho.com.br/jcs/imgs/materias/TomCoelho.jpgO bullying sempre existiu. Anos atrás as vítimas eram chamadas de CDFs, nerds ou puxa-sacos. Eram jovens que se sentavam nas primeiras fileiras de carteiras na sala de aula, prestavam atenção no professor e na matéria lecionada, inquiriam e respondiam perguntas, faziam o dever de casa e, consequentemente, tiravam boas notas. O contraponto era a “turma do fundão”, formada por rebeldes e descolados.

Os atos de bullying eram bem conhecidos. Desde o “corredor polonês”, onde vários estudantes se enfileiravam para escorraçar o alvo com alguns petelecos, tapas e breves pontapés, a chamada “geral”, até o famigerado “te pego lá fora”. A opressão era mais física do que psicológica, pois o constrangido tinha em sua defesa o fato de ser, normalmente, melhor aluno que seus agressores.

Claro que também tínhamos o assédio ao gordo, ao feio e ao varapau. Mas a questão é que estas ações eram contidas em si mesmas. As escolas mantinham “bedéis” para colocar ordem na casa e coibir atos de violência, sem falar que ir “parar na diretoria” era temido pela maioria dos alunos.

Contudo, se o bullying ocorresse, ao chegar em casa a vítima ainda iria ter com seus pais. Alguns poderiam dizer: “Não reaja, pois não é de sua natureza”, no melhor estilo “ofereça a outra face”. Já outros argumentariam: “Se apanhar de novo lá fora e não reagir, vai levar outra surra quando chegar em casa”.

Mas isso tudo são histórias de 30 ou mais anos atrás, tempos em que a educação era partilhada pela igreja, a família e a escola. A igreja católica se viu alvejada, no Brasil, pelo avanço dos evangélicos e outras religiões, de modo que passou a se preocupar mais com seu negócio do que com seus clientes. A família abandonou o modelo patriarcal, migrando para o nuclear. Agora a mulher trabalha fora, acumulando a chamada dupla-jornada, ou seja, cuidar de seu emprego e dos afazeres domésticos, sobrando menos tempo para dar atenção aos filhos. Esta nova rotina profissional levou à desagregação familiar. Assim, a educação foi entregue à tutela quase exclusiva da escola que, por sua vez, também se tornou um grande negócio.

Neste quadro, coloque como tempero os conflitos de valores, a influência da mídia e os novos paradigmas sociais. Agora temos alunos que não respeitam professores, colegas e até os pais, pois têm grande dificuldade de lidar com o conceito de hierarquia. O apelo ao consumo transformou pátios em passarelas, por onde desfilam roupas e celulares. Os péssimos hábitos alimentares promoveram o crescimento da obesidade contrastando com a ditadura da beleza. E a cereja do bolo: a comunicação pelas redes sociais que levam as vítimas à exposição instantânea e em larga escala.

A solução para amenizar o bullying não passa por mais regras, coerção e punição. Passa pelo resgate dos valores e a conscientização sobre o que é certo e o que é errado, tarefa esta da igreja, da família, da escola e também da sociedade.

* Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 países. É autor de “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional”, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros. Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br. e www.setevidas.com.br.

Xô, preconceito!!!!!

Literatura Infantil

segunda-feira, 9 de maio de 2011

domingo, 1 de maio de 2011

Pedro Fedorento

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