***22 anos de Magistério****

domingo, 14 de novembro de 2010

Papai Noel descansa no divã

Papai noel descansa no divã
Postada no dia 30/12/2007

De repente cai do telhado um ancião gordinho que grita:

- Cadê a sua chaminé???

- O que está acontecendo aqui, meu Deus???

- A sua casa não tem chaminé, moço?? Poxa!... Que tombo feio!! Devo estar cansado mesmo.

- Eu não tenho chaminé, amigo!!!

- Fui sentar um pouco no seu telhado acho que cochilei e acabei caindo.

- Já que você está no chão, agora entre, por favor. Mas pela porta, sim?

- Ta bom...

Arrastando um saco vazio, passos lentos, o velhinho não tem mais aquele indefectível sorriso puro.

- Deite-se aqui, por favor.

- Ah! Sim. Preciso mesmo me deitar...

- Cansado?

- Muito, muito mesmo. (Uahh!! Bocejo)

- Você não acha melhor tirar este casaco vermelho pesado?

- Não me lembro o dia que fiquei sem ele.

- Você nunca tirou esta roupa?

- Não. Nunca!

- Hummm...

- Fique à vontade. Como quiser... Agora me fale o que trouxe você aqui.

Nisto um barulho lá fora interrompe o diálogo.

- O que foi isto?

- São as minhas renas.

- Ah!!!... Suas renas?

- Sim. Mas elas já deitaram no chão da sua varanda. Também estão cansadas.

- Tudo bem.

- Pois é... Eu preciso descansar, mas também conversar um pouco com o senhor. Eu fico mudo com centenas de crianças em meu colo nas lojas.

- Se você gosta tanto assim de crianças, por que fica tão mudo?

- É o clima da magia do Natal!...

- Ah!... Tá... Continue. Você trabalha nas lojas, sim?

- Sim, mas é emprego temporário.

- Temporário?

- Sim. Trabalho somente no fim de cada ano.

- E dá pra ganhar tanto dinheiro assim a ponto de distribuir presentes?

- É... Eu mereço ganhar um pouco mais.

- Um pouco mais?

- Sim. Eu mereço, afinal, sou o principal desta festa.

- O principal da festa? O centro das atenções? É isto?

- Claro! Eu sou o espírito do Natal!

- Tá... E você deve ganhar também o suficiente para viajar o mundo inteiro? E ainda fabricar presentes das crianças do mundo inteiro. Afinal, você é rico?

- Não!!! O que eu ganho é somente pra fabricar os presentes para o próximo ano.

- Onde você mora?

- No pólo norte.

- Com quem?

- Sozinho.

- Você não acha este lugar muito esquisito para morar?

- Por quê?

- É isolado demais!!! Isolado de todos!... Se você faz todos se aproximarem, por que você se afasta de todo mundo durante o ano?

- É... Nunca me imaginei numa situação diferente.

- E como você consegue fabricar estes presentes? Qual a matéria prima que você utiliza? Tem todos estes recursos no pólo norte?

- Olha... É bom você nem perguntar isto...

- Por quê?

- Você conhece o Robin?

- Robin? Não... Acho que não.

- Sim, o meu amigo Robin Wood. Se ele souber disto, pode ficar com ciúmes de mim.

- Por quê?

- Ele pode achar que eu também roubo dos ricos para dar aos pobres...

- Ah!... Entendi... Certo... E o nome de seus pais?

- Não tenho pai nem mãe.

- Como não tem???

- Já nasci velho.

- Nasceu velho?

- Sim.

Novamente o barulho interrompe o diálogo.

- O que foi isto agora?

- As minhas renas estão inquietas.

- O que elas querem?

- Ir embora, eu acho.

- E como você vai embora?

- Voando.

- Voando? Você volta para o pólo norte, voando e com estes veadinhos puxando este trenó??

- Sim.

- Tá... E ainda tem gente que acredita em você... Só uma perguntinha final. Por que você não bateu na porta?

- É o meu costume... Faço isto há muitos anos.

- E além de tudo, você é um ancião, gordinho e que entra pela chaminé...

- Eu gosto de fazer isto todos os anos.

Nisto o velhinho pega o saco vazio e se dirige à porta.

- Ei! Você se esqueceu de me pagar!

- Sobrou um ursinho de pelúcia. Aceita?

- Tá... Fazer o que?... Aceito.

- Ho! Ho! ho! Ho!

- Este barbudinho me dá um ursinho e ainda sai rindo... Huumm... Sei não... Afinal, quem precisa mesmo de divã? Ele ou... Quem acredita nele?

Judson Santos

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sábado, 6 de novembro de 2010

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